Segundo o relatório gerado pela CPI dos crimes Cibernéticos finalizado em maio de 2016 na Câmara dos Deputados o movimento ilegal de recursos financeiros gerados pelos crimes praticados por hackers na internet somaram um prejuízo de 615,4 milhões aos cinco maiores bancos, Brasil, Itaú, Caixa, Bradesco e Santader.
A CPI relatou que embora muitos criminosos atuem no varejo, não faltam exemplos de rombos cada vez mais milionários e a maioria deles permanecem ocultos dentro da própria instituição financeira que relutam em admitir que foram vítimas de golpes.
Na verdade está ação das instituições financeiras e das grandes empresas tende a facilitar a vida dos criminosos e dificulta as investigações por certo não querem tornar público a fragilidade de seus sistemas. É muito comum os Bancos identificarem fraudes com a participação inclusive de funcionários auxiliando esses criminosos, mas normalmente isso acaba sendo resolvido dentro da própria instituição apenas com a demissão do funcionário e o crime sequer é investigado.
Os Lordfenix e hackers atuam livremente no Brasil em portais públicos bem diferente de seus colegas no exterior que possuem acesso restrito onde boa parte deles acabam operando apenas em sites de conteúdo oculto como Deepweb, alheios a mecanismos de busca normais, como o Google.
Na verdade, sem qualquer receio os criminosos são mais que ousados, chegam inclusive a divulgar seus golpes em perfis do Facebook ostentando dinheiro, carrões, imóveis, embarcações de luxo, etc.
A maior dificuldade das investigações que desafia a segurança pública e privada é forma como os criminosos se comunicam entre si passando com rapidez ás técnicas, informações, conhecimento e o sucesso que cada um obtêm com a prática reiterada no cibercrime dificultando cada vez mais detecção e a punição dos autores do crime.
No Brasil, enquanto os usuários de internet banking são 40% dos correntistas, os bancos e os hackers vivem em constante batalha: as instituições aprimoram a segurança e os cibercriminosos criam técnicas contra o sistema.
Em fóruns, pesquisadores da Trend Micro viram cursos em que os alunos aprendem, em três meses, a roubar dados de cartões e recolher os lucros. A maioria recebe em bitcoin (moeda virtual cotado hoje a R$1,8 Mil), difícil de rastrear, mas algum usam a própria conta bancária.
Muitos vendem geradores de cartões de crédito já invadidos. Por R$100,00, o interessado compra 50 números de cartão de crédito e os usa para fazer compras online, conforme o limite da vítima.
Os bancos repõem as perdas dos lesados, ms o prejuízo é tido como custo operacional. “Custo esse que é compensado com as taxas, com os recursos que entram para o sistema. Ou seja, na verdade, quem paga o prejuízo somos nós, é toda a sociedade que usa o sistema financeiro, disse Carlos Sobral, assessor de TI do Ministério da Justiça, á CPI dos crimes Cibernéticos.
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